segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PEDRO GOBBO - CURTA BIOGRFIA

02.06.1901 - Nascimento EM  Guaranésia (MG)

Pai: Antônio Gobbo

Mãe: Santina Graton Gobbo

Filho caçula, sexto da irmandade assim constituída:

Izidoro, Pina, Nica, Eduardo, e...?

1908/1912 — Curso primário (7/11 anos) em grupo escolar estadual em Guaranésia.

Terminado o curso primário, foi trabalhar na olaria do pai, como os irmãos Izidoro e Eduardo.

Todos reclamavam, pois o pai não lhes pagava um ordenado nem lhes dava dinheiro. Era como se fossem servos ou escravos.

Pedro, por ser mais novo, era paparicado tanto pelas irmãs como pela mãe. Muito fervorosa na religião católica, levava Pedro sempre que podia às missas e outras práticas religiosas. Passou a ser coroinha da igreja matriz de S. Benedito e quando tinha 14 anos, foi convidado pelo pároco Monsenhor Messias para ingressar no seminário.

Não foi tranqüila a saída de casa: enquanto a mãe, católica fervorosa, queria ver o filho padre, o pai, muito severo e até rigoroso demais com os filhos, não consentiu, a princípio. Foi preciso uma visita do Monsenhor à olaria do velho Antônio para que ele finalmente concordasse.

1915/1921— No seminário de Guaxupé, Pedro se destacou pela aplicação aos estudos, e pelas habilidades manuais. Aprendeu o ofício de marceneiro e recebeu treinamento de entalhador em madeira, ministrada pelo grande entalhador Alfredo Elias, de Guaxupé.

(Pesquisar, encontrar e reproduzir aqui uma foto de A.Elias, que está no armário de fotos antigas)

Entretanto, mesmo sendo bom aluno, e exímio marceneiro-entalhador, ou talvez por isso mesmo, Pedro não permaneceu no seminário, que deixou aos 20 anos. (1921)

1921/1922 — Tentou trabalhar em Guaranésia, mas não obteve bons resultados. Conseguiu, a seguir, emprego na firma Emilio Meucci & Filhos, em São Sebastião do Paraíso, onde passou a residir, em 1922, com 21 anos.

(Ver foto de “pic-nic” dos empregados da firma Meuci & Filhos, no armário de fotos antigas. Escanear e copiar neste documento).

1922/1928 – Primeira esposa: Joaninha Meucci - De espírito tranqüilo, muito trabalhador, obteve a amizade da família e passou a namorar a filha do patrão, Joaninha Meucci. (ver cartão de “Bons Annos” enviada por Pedro a Joaninha, em 01-01-1923, na pasta Mestres Espirituais-ficha Pedro Gobbo- escanear e inserir neste documento))

Depois de longo período de namoro e noivado, Pedro e Joaninha se casaram em 1927, estando ele com 26 anos.

1928 – Morte da esposa e filho - A esposa engravidou, mas uma infelicidade abateu-se sobre o lar de Pedro e Joaninha: ela morreu ao dar à luz, juntamente com a criança.(1928)

Foi uma dor terrível para Pedro, que culpou o médico pela dupla perda. Foi uma dor tão aguda que o deixou desorientado, a ponto de adquirir um revolver e tocaiar o médico. Drama maior não se verificou porque o médico, sabedor da atitude do marceneiro, mudou-se de S. S. Paraiso

Pedro continuou trabalhando na firma de Emilio Meucci.

1934, 10 de setembro - Casamento com Maria Muschioni – Demorou alguns anos para Pedro recuperar-se da tragédia. Enfim, a vida continuou e ele conheceu Maria Muschioni, com quem se casou em 10 de setembro de 1934.

1935, 9 de novembro - Nascimento do 1º. Filho Antonio – 09.Nov. 1935

1937, 28 de fevereiro - Nascimento do 2º. Filho Arthur – 28.fev.1937

1938, março - Acidente profissional: - a mão esquerda de Pedro foi pega pela lamina de uma tupia, decepando completamente o dedo médio, cortando pela metade o anular e atingindo o nervo do mindinho. A palma da mão foi escalavrada e atingiu a nervura do braço, que ficou com o movimento (no cotovelo) prejudicado.

1938, setembro – re-estabelecido do acidente e curado o ferimento, num processo que durou mais de seis meses, Pedro verificou que não podia mais trabalhar como marceneiro.

1939 – Mudança Para Guaranésia, onde abriu uma pequena venda de “secos e molhados”. Ficava anexa à sua casa, que era a última construção da cidade. A partir da venda, abria-se a estrada para Guaxupé. Levou a família (Maria e os dois filhos) e Zé Pina, primo de Maria, um pouco retardado, que ajudava a esposa a cuidar das crianças, com 4 e 2 anos.

1939/1941- por três anos, comerciou em Guaranésia, sem sucesso. Nunca gostou de pagar impostos e teve atritos com o fisco. (Ver o conto “Pinga com Capilé”)

1942 – Volta a São Sebastião do Paraiso, a convite de Francisco Curcio (Tio Gordo), tio de Maria, em cuja casa vai morar. Tio Gordo, celibatário, morava com os sobrinhos Carolina e Armando.

Pedro montou uma pequena oficina de marceneiro no imenso quintal da grande casa, e passou a trabalhar em pequenos serviços de reformas de móveis velhos. Aos poucos foi readquirindo sua antiga habilidade no uso das ferramentas de marceneiro. Ao mesmo tempo, aproveitou o quintal, que ia até a rua dos Antunes, para fazer uma grande horta, com canteiros cercados de tijolos. Cuidava da hora à tardinha, após as 5 horas, e aos domingos. Produzia verduras e legumes para consumo da casa, distribuía entre vizinhos e até vendia na porta. Cuidava também dos cinco caramanchões de uvas, que produziam abundantemente no Natal (ver o conto “Quinze contos para o Natal”)

1943 – Sofreu apendicite aguda que veio a supurar. Operado, numa cirurgia de emergência, foi intoxicado pelo clorofórmio (usado na anestesia) e quase morreu. Recuperação lenta.

1944 – Foi envolvido, sem querer, pelas brigas entre cunhados, causado pelo inventário de herança deixada pelo sogro, Anibal Muschioni. (ver o conto “A Visita do Monsenhor”)

1943/1946 - A casa residencial onde moravam tinha sido doada por Tio Gordo para Maria, e Pedro fez diversos pequenas melhorias: construção de banheiro e sanitário com água quente, instalação de bomba manual para levar água da caixa de baixo para uma caixa superior, de água quente. Devido aos desentendimentos constantes entre Maria e a irmã Carolina, construiu uma cozinha para Maria, no antigo cômodo que era usado como armazém do empório do Tio Gordo.

1947 – 2º. Semestre – Cirurgia para extração de pedras na vesícula biliar. Sem complicações, recuperou-se rapidamente.

1947/1948 – Pedro trabalhou na construção (parte de madeira- engradamento, portas, janelas e tacos do piso) da casa do Dr. Pedro Rezende. Em seguida, fez todos os móveis, com entalhes. Foi um trabalho do qual Pedro se orgulhava muito e na festa da cumeeira, tomou o maior porre (ver o conto “Festa da Cumeeira”)- Esta casa, situada na Rua Pimenta de Pádua, ao lado do Clube Paraisense, ainda existe e pertence à Maria da Gloria Muschioni, viúva do Orlando Muschioni, havida por herança de seu pai, Geraldo Fróis.

1948, 9 de novembro – Quebrou o braço esquerdo, justamente aquele defeituoso devido ao acidente na tupia. Recuperação muito lenta. (Ver o conto “O décimo terceiro aniversário).

1949, 3 de maio – Tio Gordo sofre derrame cerebral. Pedro estava,com os dois filhos, naquela manhã, instalando a porta reformada, da Igreja de Santa Cruz, no Baú. Ao chegar em casa na hora do almoço, deu com o velho já medicado, mas irremediavelmente semi-paralitico.

1950/1955 – Anos de relativa bonança. Após a morte de Tio Gordo, em 1950, fez uma reforma total no imóvel, dividido em duas boas residências. Tio Armando mudou-se para o Rio de Janeiro e apenas Madrinha (Tia Carolina)ficou mornado com Pedro, Maria e os dois filhos. A família passou a residir na casa da frente, com saída direta para a rua (Rua Dr. Placidino, 1714); e a outra casa, chamada de “casa dos fundos”, com saída lateral para uma área aberta, foi alugada(Rua Dr. Placidino, 1724.

1956 – Cirurgia para extração da vesícula Biliar. Foi uma cirurgia de emergência e esteve à beira da morte. Recuperação muito lenda só foi possível à grande pasciencia de Pedro, que suportou tratamento muito difícil. Durante 5 meses, alimentou-se através de sonda.

1963 – Cirurgia de catarata em Ribeirão Preto. Cirurgia desastrada, em conseqüência da qual Pedro perdeu a visão do olho direito, que, além disso, doía constantemente, apesar do uso continuo de colírios.

1964/1968 – Passou a trabalhar com o filho, Arthur, que adquirira a oficina de “Madeireira Paraisense”, situada no bairro Maria Italiana, nas proximidades da estação de estrada de ferro São Paulo e Minas (os trilhos passavam ao lado do grande terreno da fabrica de móveis). Naquela época, ia e vinha da Madereira à pé, diariamente, um percurso de uns 3 quilômetros, que fazia com satisfação.

1969 – Com a falência da Madereira Paraisense, voltou a trabalhar na sua oficina no fundo do quintal, na Rua Dr. Placidino 1714.

1984, setembro – Comemoração das Bodas de Ouro – 50 anos de casado. (pesquisar álbum com fotos, escanear e colocar nesta biografia)

1986, 28 de março (sexta feira santa) Falecimento da esposa, Maria. Ficou morando na mesma casa, então só com a companhia de Carolina a cunhada, que também estava invalida e sofria de amnésia. Tanto Pedro como Carolina eram assistidos por Norma, a mulher de Arthur, que morava na “casa dos fundos” e Beatriz, sobrinha, que morava na Lagoinha.

Já nessa ocasião pouco enxergava e não saia mais de casa. Precisava de ajuda para tomar banho.

1988, 9 de janeiro – Falecimento da cunhada Carolina. Passou a residir com o filho Arthur. Completamente cego, passava os dias sentado ao lado do filho, Arthur (que estava semi-invalido, devido a um tumor no cérebro).

1988, julho, 13 - Falecimento: 13.07.1988, com 87 anos. –Um dia muito frio de inverno em S.Sebastião do Paraiso. Após tomar uma sopa de pão com café e leite, disse para Enny(nora, esposa de Antônio) que estava com muito frio e queria se deitar.

Enny o levou para o quarto, a ao ajudá-lo a se deitar, sentiu que a chama da vida o abandonou. Era cerca de 13 horas.

ANTONIO ROQUE GOBBO

Belo Horizonte, 18 de maio de 2011-

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ORIGEM DA FAMÍLIA GOBBO

FAMILIA GOBBO

AS ORIGENS


De acordo com registros e informação do Istituto Genealógico Italiano-I.G.I., a família Gobbo é originária de Piacenza, Itália.

O registro mais antigo se refere a Giovanni Gobbo, preposto da Canônica de Santa Eufêmia, em Piazenza, nomeado Bispo de Bubbio, pelo Papa Gregório X, em 1274,

Em 1660 tem-se notícia de Giovanni Maria Gobbo, e em 1689, aparece Alessandro Gobbo. Nesse ano, os dois fizeram uma locação com a Câmara Ducal, do Posto de Trebbia, locação extensiva a Portizzare, Tuna e Casaligio.

A próxima informação data de 1694, quando um outro Giovanni Gobbo, casado com Barbara Cicala, em adquiriu os bens da produção de B.V. de Stirone. Giovanni e sua mulher foram declarados nobres, com privilégio ducal, em 1703.

Antonio Gobbo, em 1707, foi nomeado Capelão de Honra do Duque de Gobbo.
Em 1708, registra-se que Giacomo Gobbo recebeu do privilégio de familiaridade (ou amizade íntima) com o Duque.
Erasmo Gobbo aparece como Lugar-Tenente em 1719.
Florenzo Gobbo está inscrito como Capitão em 1742.
Giabatista Gobbo foi Arcebispo de Pianello, de 1782 a 1789, com fama de bom orador.

A Família Gobbo está inscrita no Registro Nobiliárquico Oficial Italiano, com o titulo de Nobre, desde que Giovanni Gobbo, em 1703, foi declarado Duque.

O ESCUDO DUCAL DA FAMÍLIA GOBBO

Formato Inglês, fundo azul, com roda dentada central em vermelho. A roda tem 6 dentes apenas na metade direita, e representam os seis feudos incorporados em 1739. Na parte central da roda dentada, cujo fundo é em prata, um castelo de duas torres em azul